domingo, 20 de maio de 2007

Cartas de um pescador à sua sereia aluada 4.0

_E... que dia tão longo a caminho de valongo, estava eu na carreira 94, quando perdi um sapato. Procurei por todo o lado, no banco, na sacola, no meu passado. Constatei que não o ia encontrar e por isso resolvi parar. Para o teu telemóvel liguei, não atendeste, uma mensagem deixei: "sereia, do meu sapato não sei, por isso foi que liguei." Saio agora do autocarro. O vento sopra fortemente e bate-me nas bentas. Lembro-me de ti assim que um cheiro intenso a frito invade-me as narinas. Nunca me vou esquecer de ti, minha sereia fritadeira.